quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Relato: Cativa Dos Djinns

Oi? Sou eu, novamente, a Anna Brenda e esse é o meu segundo relato sobre Djinns e considero o mais assustador até agora. 
       Como eu fui bem recebida pelos Djinns azuis no astral, pensei em me arriscar com os verdes e me arrependi por isso depois da experiência traumatizante que tive. Eu sonhei que estava em casa com meus pais e meu namorado quando umas pessoas estranhas invadiram nossa casa e foram muito violentas. Eu lembro do meu pai tentando me convencer a me esconder e eu corri para o salão que usamos como depósito ou como um tipo de porão e me escondi atrás de umas caixas velhas. Ouvi muitos gritos e quando percebi já havia sido encurralada por um casal que usava máscaras semelhantes aquelas que os psicopatas do filme Os Estranhos usam. Eles estavam armados com facas e eu nunca senti tanto medo na vida. Reagir nem passou pela minha cabeça porque eu temi pelo meu bebê (estou grávida de três meses). Só consegui chorar e tocar a minha barriga em uma tentativa inútil de proteger meu filho. Algo esquisito aconteceu a seguir e tudo a minha volta mudou, assumindo outro aspecto. Não sei se é assim que funciona um teleporte na realidade, mas se for, é bizarro porque você não sente que saiu do lugar, mas como se o lugar mudasse, sabe? É como se tudo à sua volta não fosse sólido, mas uma projeção.
           Eu apareci em uma vila, no quintal de uma casa, agachada embaixo de uma janela aberta. O casal se aproximou de mim e me encarou, antes de tirarem as máscaras que escondiam seus rostos. Eles eram adolescentes e deviam ter entre 14 e 16 anos. Eram esquisitos como se estivessem drogados ou tivessem algum retardo normal, ou talvez, o fato de não serem humanos começasse a pesar, mas eles não eram normais. Tudo parecia uma brincadeira - de mau gosto - para eles. Perguntei o que eles haviam feito com minha família e eles responderam que eles estavam mortos. Perguntei o que eles fariam comigo e eles me disseram que esperariam a mãe deles voltar para decidirem, mas que quanto ao meu bebê, eles me fariam ingerir um veneno para matá-lo. Entendi que eles me dariam alguma substância abortiva e fiquei aterrorizada. Me levantei sem fazer movimentos bruscos e me movi pelo quintal. À minha esquerda, havia um pequeno corredor e um portão que levava a outro corredor e outro portão que dava acesso à rua. Eu estava em uma vila simples, mas bem vigiada. Pela janela, vi um casal discutindo, mas por algum motivo não consegui ouvir nada do que eles diziam mesmo eles gritando, exaltados. Talvez, o medo estivesse me deixando maluca. 
      Retornei para perto dos adolescentes e eles estavam revirando uma caixa com alguns pertences que reconheci como sendo meus. Entre algumas bijuterias, eles acharam um livro do Crepúsculo que comprei em oferta, mas nunca terminei realmente de ler porque preferi vero filme e poupar meu tempo. Quando notei o interesse deles pelo livro, fiz uma breve descrição dele, na esperança de que se eu fosse legal com eles, talvez, eles poupassem pelo menos meu filho. O garoto disse que conhecia o filme, mas que ainda não sabia como terminava. Eu perguntei a eles se gostariam de saber como terminava. A garota disse que preferia assistir o filme, mas o garoto se mostrou ansioso e disse que gostaria de saber. Eu disse que diria somente a ele para não fazer spoiler a garota e pedi que ele se aproximasse. Ele se aproximou e eu sussurrei o final do filme no ouvido dele. Ele achou legal e se afastou satisfeito. Eu recuei e olhei novamente para o portão, tentando calcular em quanto tempo eu conseguiria correr até ele e escalá-lo e se seria rápida o bastante ou se me feriria no processo. O homem que estava na casa, discutindo, saltou pela janela e ele dobrou de tamanho, assumindo a forma de um homem obeso e azul, que da cintura para baixo tinha seu corpo feito de névoa azul. Um típico djinn, sem sombra de dúvida. Olhei para os adolescentes e deduzi que eles fossem djinns verdes e então o comportamento maluco deles fez sentido. Fechei os olhos com força e desejei acordar, mas os abri e percebi o que aquele lugar era tão real quanto a minha realidade e que talvez, só talvez, eu não estivesse sonhando. Me lembrei dos djinns do relato anterior e pedi mentalmente a eles que me ajudassem se pudessem. No mesmo instante, eu senti que estava livre e me afastei dos outros djinns que viraram o rosto como se estivessem com medo de algo. Eu fui até o portão e o encontrei quebrado. Estranhei porque não ouvi ninguém quebrando o portão, mas passei por ele e despertei. Me sentei na cama e pisquei várias vezes, com dificuldade em separar o sonho da realidade porque eu podia sentir como aquilo fora real. Espero não passar mais por algo semelhante. ©

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